Santos x Botafogo

Ah, Santos e Botafogo... dois clubes que por anos foram símbolos da riqueza do futebol brasileiro em talentos, técnica, arte, genialidade. Dois clubes que quando entram em campo para se defrontar, trazem consigo toda história do passado glorioso do embate, que punha em confronto, aqueles que juntos, nunca perderam um jogo: as duas maiores lendas do futebol brasileiro, Pelé e Garrincha. Mas não só desse período este confronto que por essência é nostálgico sobreviveu: alguns recortes da história deste literal clássico do futebol brasileiro passaram por gente como Túlio, Giovanni, Vágner, Robinho, entre outros.
A vantagem é do Santos, com três vitórias em quatro confrontos eliminatórios, incluindo um título da Taça Brasil. Entretanto, a solitária vitória do time da estrela solitária tem um valor inestimável para o Botafogo, pois é o maior título conquistado pelo clube carioca em sua história. Os confrontos entre eles e as suas histórias começam a ser relembrados agora.
Tempos de glória
Final da Taça Brasil 1962: Santos Campeão
Jogo 1: Santos 4 x 3 Botafogo
Tendo entrado diretamente nas semifinais do certame, Botafogo e Santos apenas tiveram de confirmar o grande favoritismo que detinham contra Inter e Sport, respectivamente, para passar à final e proporcionar o jogo dos sonhos da época. No primeiro jogo, simplesmente seis dos onze titulares que viriam a ser campeões do mundo meses depois no Chile com o Brasil estavam em campo. Sem contar simplesmente Pelé, que praticamente foi alijado da disputa da Copa por uma lesão logo no seu início e Garrincha, que era "o" desfalque botafoguense na primeira partida das finais. Entretanto quem brilhou na partida disputada no Pacaembu foi Pepe, o canhão da vila, que marcou duas vezes e ajudou o Santos a virar a partida e sair com a vantagem para o jogo no Maracanã.
Jogo 2: Botafogo 3 x 1 Santos
Meses antes o Botafogo havia se sagrado campeão carioca de forma incontestável contra o Flamengo, naquela que é considerada a maior atuação do Mané com a camisa alvinegra. Portanto, o clube iria vender caro o título da Taça Brasil. Mesmo que o Santos contasse com um esquadrão que tinha Gilmar, Zito, Dorval, Mengálvio, Pepe, Coutinho e claro, Pelé, aquele time do Botafogo era tão bom (Manga, Nilton Santos, Amarildo, Quarentinha e Garrincha falam por si) que em dias inspirados conseguia bater de frente com o esquadrão santista. E foi isso que aconteceu no dia 31/03/1963. Em um Maracanã lotado por mais de 100 mil pessoas, o Botafogo fez valer sua força, se impôs categoricamente e derrubou a vantagem conquistada pelo Santos no primeiro jogo. Destaque no histórico vídeo em preto e branco para toda categoria e tranquilidade do maior artilheiro da história do Botafogo, Quarentinha, ao marcar o segundo gol botafoguense.
Jogo 3: Botafogo 0 x 5 Santos
Pena para o botafoguense e alegria para o santista é que naqueles tempos quase todos os dias a inspiração parecia ser uma parceira inseparável justamente do Santos. E quando isso acontecia, ficava difícil para qualquer time do planeta segurar. O terceiro jogo, novamente disputado no Rio de Janeiro, foi um passeio de um time encantador. De uniforme todo branco, apenas com a numeração preta, aqueles homens em campo pareciam ser um time representante do céu, tamanha beleza do futebol arte que desfilavam em campo. Pelé marcou três vezes, sendo o último que coroou o título, em clássica tabelinha com o parceiro Coutinho e toque por cima de Manga, uma ode àqueles tempos de glória do futebol brasileiro.

Semifinal da Libertadores 1963: Santos Classificado
Jogo 1: Santos 1 x 1 Botafogo
Pouco mais de quatro meses depois da final da Taça Brasil do ano de 1962 e os brasileiros teriam o privilégio de assistir novo confronto decisivo entre as duas grandes equipes do país à época, desta vez em jogo valendo a passagem para a decisão da América. Desta vez, o Santos entrava como grande favorito, pela goleada que havia imposto ao rival no mesmo ano, por ser o atual campeão da Libertadores e por ele, Pelé. O rei do futebol começou a castigar o Botafogo mais uma vez fazendo gol salvador no último minuto do primeiro jogo, o que possibilitou o empate do Santos e impediu que o Botafogo de um jovem promissor Jairzinho saísse com a vantagem para o Maracanã.
Jogo 2: Botafogo 0 x 4 Santos
Para o segundo jogo, o Botafogo não contaria com Jairzinho entre os titulares, pois havia o retorno de Garrincha, que voltava a campo para tentar levar seu glorioso à final da Libertadores. Entretanto o Santos contava com Pelé. Em pouco mais de 30 minutos de um confronto lendário no maior palco do futebol brasileiro, Pelé aproveitou lançamento e deu um toque lindo de cobertura sobre Manga, aproveitou rara falha deste para se antecipar ao goleiro e cabecear para as redes, deu assistência primorosa para um gol anulado de Coutinho e por fim, sofreu e converteu um pênalti. Simplesmente um recital, Pelé novamente destruía o timaço do Botafogo e vencia o duelo particular com Garrincha. Ainda deu tempo para Lima em bela infiltração fazer o quarto e o Santos colocar em sua história mais uma goleada em pleno Maracanã sobre o Botafogo. E claro, com este time dos sonhos, conquistar o bi da América, logo depois, contra o Boca Juniors.
Honrando o Passado
Final do Campeonato Brasileiro 1995: Botafogo Campeão
Jogo 1: Botafogo 2 x 1 Santos
Maracanã. O camisa 10 e craque do Santos atende pelo nome de Giovanni. O camisa 7 e artilheiro do Botafogo atende por Túlio Maravilha. 32 anos após a última decisão entre Santos e Botafogo, os dois clubes se reencontravam na final do Brasileiro de 1995 embalados pelo futebol dos dois craques do campeonato que através do número de suas camisetas representavam todo o peso da tradição do confronto naquele dia chuvoso no Rio de Janeiro. E foi Túlio que se saiu melhor no primeiro jogo, decidindo o confronto bem ao seu estilo. Posicionado no lugar certo da área, o artilheiro aproveitou sobra de escanteio e com um só toque venceu Edinho, filho de Pelé, a quem o próprio Túlio "homenageou" de forma irreverente na comemoração do seu gol (que saudade de jogadores como Túlio no futebol de hoje). Ao final, mesmo com a derrota, o Santos voltaria muito confiante para casa, muito pelo épico confronto na semifinal contra o Fluminense, em que reverteu uma vantagem de três gols do tricolor carioca. Entretanto, Túlio e o Botafogo queriam garantir a taça e mostrar que eram um adversário bem mais duro para o alvinegro praiano.
Jogo 2: Santos 1 x 1 Botafogo
A imagem é inesquecível: com a bola do jogo nas mãos, Túlio é carregado pelos ombros para comemorar o título junto aos botafoguenses dentro do Pacaembu. Esse é a imagem definitiva de uma das partidas mais polêmicas da história do Campeonato Brasileiro, em que três erros da arbitragem em lances capitais, mudaram a final. Primeiro erro: Túlio, impedido, marca o seu 23º gol no Brasileiro. Segundo: Marcelo Passos aproveita toque de mão irregular de Capixaba e empata para o Santos. Terceiro: Camanducaia sobe entre os zagueiros do Botafogo e faz o gol do título. Não para Márcio Rezende de Freitas, que anula o tento, feito em posição legal. Os santistas não esquecem até hoje, pois na fria concepção das estatísticas o jogo seria 1 x 0 e daria o título nacional ao clube. Porém, tudo poderia transcorrer de forma totalmente diferente caso o primeiro gol de Túlio fosse devidamente anulado e talvez, terminasse mesmo com o glorioso campeão. Afinal, parecia escrito. Pelos pés de Túlio, o dono da bola e goleador da final e pelas mãos do goleiro Vágner, que entre outras defesas na pressão do Santos no segundo tempo, fez um último milagre com a ponta dos dedos em chute no cantinho do craque Giovanni e garantiu a taça ao Fogão. Fim de jejum de 27 anos sem conquistas nacionais para os botafoguenses, mais 7 longos anos de espera para os santistas, consagração de Túlio como ídolo e uma polêmica e uma imagem que perdurarão para sempre.

A Desforra do Santos
Quartas de Final da Copa do Brasil 2014: Santos Classificado
Jogo 1: Botafogo 2 x 3 Santos
Sem o brilho dentro do campo dos anos 60, a saudosa geral do Maracanã e com o visual melancólico e deprimente de cadeiras vazias típico do futebol moderno, Botafogo e Santos até fizeram uma boa partida, com direito a um belo gol de Gabriel para os cariocas e Robinho decidindo para os paulistas. E basicamente foi isso, um bom jogo, mas nem sombra de outros tempos.
Jogo 2: Santos 5 x 0 Botafogo
Felizmente, o segundo jogo traz muito mais momentos marcantes para as histórias do confronto. Foi a desforra dos santistas após o vice brasileiro de 1995 e a eliminação na semifinal do Rio-São Paulo 1998 frente ao Botafogo. Arrasador, com Lucas Lima e Gabigol inspirados, o Santos abriu três gols de vantagem em 35 minutos e apenas completou o massacre no segundo, com mais duas bolas na rede. Enfim o santista tinha uma bela recordação para levar do confronto no Pacaembu, com o passeio e a vaga assegurada para a semifinal da Copa do Brasil. Ao botafoguense, restou penar por mais alguns meses com o frágil elenco que o levou ao rebaixamento no Campeonato Brasileiro, decretado justamente contra o... Santos, desta vez, na Vila Belmiro.
TESTEMUNHOS

"Clique aqui e comece a digitar. Voluptatem sequi nesciunt neque porro quisquam est qui dolorem ipsum."
Nome Apelido
Gestor

"Clique aqui e comece a digitar. Beatae vitae dicta sunt explicabo nemo enim ipsam voluptatem quia."
Nome Apelido
Gestora

"Clique aqui e comece a digitar. Voluptas nulla pariatur at vero eos et accusamus et iusto odio dignissimos."
Nome Apelido
Gestor
SERVIÇOS
PRIMEIRO SERVIÇO
Clique aqui e comece a digitar. Odit aut fugit sed quia consequuntur magni.
SEGUNDO SERVIÇO
Clique aqui e comece a digitar. Ratione voluptatem sequi nesciunt neque.
TERCEIRO SERVIÇO
Clique aqui e comece a digitar. Eius modi tempora incidunt ut labore et dolore.
QUARTO SERVIÇO
Clique aqui e comece a digitar. Eum iure reprehenderit qui in ea voluptate.
QUINTO SERVIÇO
Clique aqui e comece a digitar. Sed quia consequuntur magni dolores eos.
SEXTO SERVIÇO
Clique aqui e comece a digitar. Corporis suscipit laboriosam nisi ut aliquid.